Ferramentas para facilitar a vida dos jornalistas
Por Gabriella Côrte Real
O site Trends Map mostra as Hashtags e os usuários que são mais pesquisadas no Twitter.

Somos bombardeados a todo instante por notícias e informações. Mas caçar, descobrir novos fatos e estar atento ao que está acontecendo no mundo não é um trabalho fácil. Os jornalistas contam com sites especializados na curadoria de fatos.
O Paper.Li processa automaticamente mais de 250 milhões de posts nas redes sociais por dia. Extraem e analisam mais de 25 milhões de artigos. Esse site seleciona as notícias mais relevantes para o usuário e publica na área pessoal. Como qualquer rede social, você precisa fazer um cadastro simples com nome, e-mail, telefone, linkar Facebook, Twitter, e escolher sites de notícias de seu interesse.
A interface dele é bem simples, ele é fácil de manusear. Você cria jornais com assuntos do seu gosto. A cada 24 horas ele atualiza os assuntos automaticamente, mas você também pode atualizar manualmente. Além disso, personaliza o jornal mudando fonte, aparência, conteúdo.
O Feedly também é bem fácil de manusear, mas não é tão intuitivo quanto o anterior. Ele tem uma ótima curadoria, mas o layout para apresentado na versão gratuita não é muito bom. É uma plataforma que transforma conteúdo de canais do YouTube, Tumblr, Podcasts, redes sociais e outros em uma revista on-line. Esse conteúdo pode ser acessado pelo Android, IOS ou por servidores de internet. O login pode ser feito pelo Facebook. Ele investiga seu perfil e automaticamente acha os assuntos de que vai gostar. Você também pode criar boxs com conteúdo específico, como notícias, moda, design, mkt, gastronomia, vinho, viagem. O Feeedly também tem uma curadoria muito boa, apesar do layout um pouco confuso.
O FlipBoard também gerencia informações. Seu formato parece de uma página de jornal on-line. Com um design bem simples e clean, as notícias se destacam pelas fotos incríveis e bem selecionadas. Essa plataforma também é bem fácil, você pode acessar pela conta do Face ou criando um perfil com seu e-mail. Ao se cadastrar, o FlipBoard pergunta sete temas do seu interesse indo “de política a chocolate”. Nele colecionam-se artigos, vídeos e fotos, que você pode compartilhar nas redes sociais. Ao comparar as três plataformas, o Flipboard se destacou pela arquitetura do site: a disposição do conteúdo atrai o leitor.
Ainda para ajudar a buscar tendências, o Google Trends mostra os termos mais procurados site de busca do Google. Essa ferramenta utiliza gráficos para mostrar a frequência em intervalo de tempo e mapas para analisar em que local foi mais acessada a busca. Também é possível filtrar o resultado da busca em determinada data e mostra outros termos associados ao que foi buscado.
Mas nem tudo é só pesquisa. Entrevistar alguém é um sufoco para quem está começando na carreira. Muitos usam e-mail e mensagens para facilitar o contato. Os entrevistados muitas vezes não têm tempo, ou não querem gravar vídeo ou áudio. Alguns aplicativos foram criados para romper essas barreiras.
Como gravar tela do telefone:
Ao pesquisar na internet sobre como gravar a tela do celular deparamos com diversos aplicativos e com muitas dificuldades no manuseio destes. Segundo blogs de tecnologia os melhores aplicativos seriam: “recorder my screen”, “irec”, ambos são muito confusos e não obtive sucesso ao utilizá-los. Para complementar a apuração, o YouTube foi uma mão na roda.
Abaixo tem dois vídeos que ensinam como gravar a tela por meio de programas.
Com a mudança das máquinas de escrever para o computador, do gravador para o celular, da agenda física para a digital, os jornalistas estão tendo que se adaptar. Novas ferramentas estão sendo incorporadas para otimizar o tempo de apuração e a realização de matérias. Hoje, estamos conectados quase 24 horas por dia. Utilizamos celulares cada vez mais para nos atualizar sobre os assuntos mais diversos, desde as redes sociais até a previsão do tempo. A partir de sites especializados em tecnologia, selecionamos e testamos aplicativos e ferramentas que podem ser úteis para jornalistas.
Vamos começar com os clichés. O Facebook e o Twitter são plataformas fundamentais para se conectar com o mundo. O mais famoso é o Facebook. Em média 316.455 pessoas se cadastram por dia desde sua criação, em fevereiro de 2004. No Face, cria-se perfil, adicionam-se usuários e grupos, trocam-se mensagens, recebem-se notificações de páginas e amigos do seu interesse. Recentemente o Facebook criou o “Signal”, uma ferramenta para auxiliar jornalistas na busca de tendências, reunir e acompanhar notícias em tempo real. E o melhor: é gratuito. Mas por enquanto os brasileiros vão ter que esperar para testar essa ferramenta, disponível apenas para os americanos.
Disponível apenas nos Estados Unidos, o Instant Articles é uma plataforma do Facebook que hospeda o link das notícias dentro da própria rede social. O que parece ser o terror dos sites por acabar com o fluxo de acessos diretamente ao site, já teve adesão de grandes veículos: o jornal The Washington Post disponibilizou todo o seu conteúdo na plataforma. Pelo ponto de vista do especialista em Novas Mídias Gustavo Miller – e do compromisso jornalístico de informar a comunidade – a adesão dos jornais online ao Instant Articles é benéfica. “O que o Facebook quer é que as pessoas não saiam da rede quando clicam em uma notícia”, ele explica. Se a postagem no Facebook redireciona para o site do jornal e, como sempre, demora a abrir, o usuário desiste da notícia e o link “morre”. “O Instant Articles não quer controlar a informação e o Facebook não está preocupado com o futuro da comunicação”, Gustavo desmistifica.
Já o Twitter tem mais de 284 milhões de usuários ativos. O microblog de 140 caracteres tem a missão de capacitar os usuários a criar e compartilhar ideias e informações instantaneamente. Segundo matéria da Veja o número dos usuários dessa rede de informação cresceu 25% em 2014. Muitas pessoas usam essa mídia para se informar. O uso de mecanismos como as Hashtags melhoram na busca de informações sobre um assunto em especial.
O TweetDeck (https://tweetdeck.twitter.com/) pode ser acessado pela internet de casa ou através de aplicativo. Os usuários dividem a interface em várias colunas, em que cada uma se refere a algo diferente. Usando como exemplo a Semana do Design, criamos uma coluna com os temas “semana do design”, “design Rio”, “Zanini”, “Macapu”, 3dprinter”, e tudo o que é postado no Twitter com esse tema será mostrado nas colunas. O TweetLogix funciona da mesma forma, mas tem configurações extras, relacionando os tweets com a agenda.
Com 300 milhões de usuários, o Linkedin é a maior rede profissional. É semelhante a uma rede social de relacionamento, porém, é de negócios. O mais interessante é poder ter contato via e-mail e telefone com pessoas que podem virar fontes. Além disso, cada usuário vira curador de informação, podendo postar entrevistas, relatórios entre outros.
O Instagram e o Pinterest surgiram com um propósito diferente das outras redes sociais. Em vez de conectar usuários, elas tinham o objetivo de inspirar profissionais da área de design, arquitetura, fotografia e outros que trabalhassem com recursos visuais. Hoje, ambas são plataformas que as empresas utilizam para criar identidade com o consumidor e que por isso podem estreitar os laços do jornalista com a comunidade.
Com escritório recém-chegado no Brasil, o Pinterest é uma rede social americana funciona como uma plataforma para armazenar e organizar fotos e conteúdos inspiradores. A ideia era apenas guardar coisas bonitas, mas alguns sites norte-americanos adotaram estratégias para ganhar cliques em suas páginas. Um dos exemplos é escrever o nome da matéria na foto, instigando o usuário da plataforma a entrar no site e ler o conteúdo.
Já o Instagram tem sido utilizado pelas revistas brasileiras como uma maneira de atrair “seguidores” como possíveis leitores. Uma foto da cobertura exclusiva de um desfile internacional pode, por exemplo, servir de chamada para que o público compre a revista interessado no conteúdo. É um serviço de publicidade que funciona para reacender o jornalismo impresso.
Em quantos segundos se assimila uma informação? Quem utiliza o aplicativo Snapchat pode responder que dez segundos são o bastante. O Snapchat é um modelo bem diferente de rede social e que surgiu em 2013, mas se tornou o queridinho das celebridades apenas neste ano. O aplicativo consiste em enviar para amigos fotos ou vídeos com duração máxima de dez segundos. Se o usuário publicar conteúdos no “My Story”, uma espécie de linha do tempo, ele prolonga a “vida útil” das suas fotos e vídeos por 24 horas. Pela interface mais difícil de usar, o público do Snapchat é, em sua maioria, de jovens. No entanto, com a adesão em massa dos famosos, ele pode mudar.
Em 2015 surgiu o Snapchat Discovery, plataforma dentro do aplicativo onde revistas e jornais norte-americanos disponibilizam seu conteúdo em forma de fotos, vídeos e com um design despojado (mais um exemplo de fidelidade ao público-alvo, os jovens). Outra inovação do aplicativo foi reunir conteúdos temáticos de cidades e acontecimentos dos usuários para disponibilizá-los no mundo todo. No dia da votação sobre o acordo proposto pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) que prometia ajudar a Grécia na crise, os vídeos de moradores do país foram reunidos em uma espécie de conta especial que explicava a situação e mostrava a população dividida.
DICA: Um facilitador para organizar sua agenda telefônica é o CoBook. Ele pega sua agenda telefônica e adiciona mais informações através das redes sociais.
Hashtag é uma expressão comum entre os usuários das redes sociais. Consiste em uma palavra-chave antecedida pelo símbolo do jogo da velha. Serve para categorizar certo assunto que será publicado. E também serve como hiperlink no Google.
Ex: Você está cobrindo uma palestra na semana do design e vai fazer posts nas redes sociais. Neste caso pode usar #semanadedesign #designrio #soumaisrio #marcar
Como gravar o áudio de uma ligação
Por indicação dos sites usei “Call Recorder”. Porém, quando abri a Apple Store tinham tinham três aplicativos com o mesmo nome. O primeiro é branco com um vermelho, ele têm um layout muito claro, o segundo é cinza com vermelho, e o terceiro é azul. Todos funcionam da mesma forma. Ao baixar você tem que selecionar o país, colocar o número do telefone, confirmar e aceitar o os termos de privacidade. Quando ele abre para a interface principal já entra na aba de discagem. Cada ligação a ser gravada tem um custo e varia de país para país. No canto superior aparecem o número de moedas que ainda resta e você pode comprar mais ligações. Não é nada muito caro. Para baixar o áudio tem que conectar com a ITunes app.
Como transcrever o áudio de uma entrevista:
Como jornalista, como você pode organizar suas ideias?
Ótimos programas foram desenvolvidos para sistematizá-las. Além disso, a maior parte dos programas armazenam informações na nuvem.
O Google Drive é muito utilizado por usuários do Gmail. Nele se podem criar páginas, arquivos, planilhas, apresentações, grupos que compartilham textos, fotos, vídeos. Há também o EveryNote, OneNote e o DropBox, com as mesmas funções do Drive. Porém, depois de usar os quatro, o Drive mostrou ser mais vantajoso, pela facilidade de manusear e por dispensar login, uma vez que já está vinculado à conta de e-mail. Em contrapartida, para compartilhar arquivos, o DropBox é melhor comparado aos outros. Ao ler os comentários dos leitores, eles falaram muito bem das versões pagas de ambos os sites.
Espero que essas dicas possam ajudar os jornalistas e os focas na hora de elaborar matérias.

Para Android: Gravador de chamadas, automatic call recorder, all call recorder, galazy call recorder
Para Iphone: google voice, call recorder, int call